No dia 8 de janeiro, a Justiça concedeu uma liminar suspendendo o aumento salarial de vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários do município de Jaru. A decisão foi resultado de uma ação popular movida pela vereadora Sol de Verão, em parceria com o advogado Dr. Daniel Ribas, que classificaram o reajuste como "ilegal e imoral", em desacordo com os princípios que regem a administração pública.

 O impacto financeiro do aumento seria de aproximadamente R$ 10 milhões, valor que, segundo os autores da ação, poderia comprometer recursos que deveriam ser destinados às áreas prioritárias do município, como saúde, educação e infraestrutura. Com a suspensão do reajuste, a expectativa é que esses recursos sejam melhor utilizados para atender as demandas mais urgentes da população jaruense."Essa vitória é uma conquista coletiva, um passo importante para reafirmarmos o compromisso com a moralidade administrativa e o uso responsável dos recursos públicos. Estamos aqui para lutar por justiça e pela defesa dos interesses do povo de Jaru, e essa decisão representa um avanço significativo nesse sentido", declarou a vereadora Sol de Verão.

 O processo para aprovação do aumento salarial gerou forte repercussão negativa desde o início. Críticas apontaram para a forma como o reajuste foi conduzido, sem ampla discussão ou transparência, em um momento em que a cidade enfrenta desafios importantes em diversos setores. A ação popular, segundo os autores, foi uma resposta necessária para resgatar a confiança da população na gestão pública e preservar os princípios constitucionais que regem o interesse coletivo. 

 A decisão judicial também serve como um marco, reforçando a importância da vigilância e da atuação cidadã frente a possíveis abusos de poder. Para o advogado Dr. Daniel Ribas, coautor da ação, a liminar representa não apenas um ato de justiça, mas um lembrete de que a sociedade tem ferramentas para exigir responsabilidade de seus representantes. "Essa é uma mensagem clara de que nenhum privilégio pode se sobrepor ao direito coletivo. Continuaremos atentos e atuantes para assegurar que os recursos públicos sejam destinados a quem realmente precisa", afirmou Ribas. 

 Com a liminar, a expectativa agora é que os recursos economizados sejam redirecionados para áreas essenciais, atendendo demandas como a ampliação de serviços de saúde, melhorias na educação e investimentos em obras de infraestrutura. O caso, no entanto, ainda segue tramitando na Justiça, e os próximos passos dependerão do julgamento do mérito da ação.